Problemas com infiltração aumentam com a chuva
- 19 de agosto de 2014
- Postado por Redação
- Categoria: Blog, Calhas, Rufos
Com a chegada do verão, tem início a época chuvosa, um problema que pode trazer um grande transtorno para proprietários de casas e apartamentos, a infiltração. A umidade nas paredes e forros causam bolhas nas pinturas, manchas, mofos, goteiras, apodrecimento de madeiras, e também podem acarretar até problemas mais sérios, dependendo de sua gravidade.
A infiltração acontece porque a água das chuvas penetra pelas estruturas através de fissuras ou poros de materiais não impermeabilizados ou pela falta de utilização de recursos necessários para a proteção das paredes, o que acaba apontando falhas no processo de construção. Pode acontecer também nos rodapés e áreas externas, que têm contato direto com o solo, desse modo, as paredes podem absorver a água através dos alicerces não impermeabilizados.
Tipos de Infiltração
A infiltração pode ocorrer por conta da umidade que provém da terra encostada em paredes não impermeabilizadas, podendo penetrar no interior dos edifícios.
E devido ao rompimento e vazamento da tubulação, sendo um pouco mais complexo. Por exemplo, se no momento em que a construção está sendo feita começa a chover, o tijolo acaba absorvendo a água, fazendo com que ela fique em seu interior e, mais tarde e de maneira natural, podem ocasionar frestas na tubulação por onde a umidade sai, gerando bolhas e a própria infiltração.
Há também a infiltração por condensação, que acontece pela diferença de temperatura, ou seja, quando a temperatura interna é maior que a externa.
Portanto, é importante sabermos identificar corretamente a origem do problema para podermos pedir o auxílio de um especialista.
Como evitar
Tomar as devidas precauções durante a construção podem evitar o futuro aparecimento da umidade e o comprometimento das estruturas. Processos de impermeabilização e a utilização de canais de escoamento já previstos no projeto da obra correspondem entre 1% a 3% do custo total da obra, podendo ficar até quatro vezes mais caro em casos de futuras reformas.
O ideal é que estejam previstas as instalações de calhas e rufos nos telhados e estruturas desde o início do projeto.
As calhas são canais cuja finalidade é recolher toda a água proveniente das chuvas que correm pelo telhado, permitindo que ela escoe. Diferentemente das calhas, os rufos são peças moldadas e fixadas em locais específicos do telhado evitando que a água infiltre na alvenaria.
Quando esses meios de prevenção não são planejados desde o início das obras, podem haver medidas corretivas posteriores, como a utilização de produtos impermeabilizantes tanto nos revestimentos como nas paredes, o que pode acabar gerando um trabalho maior do que as instalações das calhas e rufos, por exemplo.
De acordo com a coordenadora de pós-graduação em Arquitetura de Interiores Maria Isabel Marocco Milanez, da faculdade de Arquitetura do Uniritter, a ensolação, ventilação e climatização artificial são os três fatores principais que podem ajudar a evitar problemas de umidade. “A ensolação natural é a ideal para manter o equilíbrio de temperatura entre os ambientes interno e externo, mas cômodos que recebam muito sol também são propensos a problemas”, diz.
Climatização – Quando está muito quente no interior da casa em dias de inverno, a umidade do ar condensa nas paredes frias, dando a impressão de que elas estão “suadas”. Uma das medidas evitar esse tipo de problema, é resfriar o ambiente interno. Outra sugestão é manter o ar do ambiente o mais seco possível. Para isso podem ser utilizados aparelhos como os desumidificadores, próprios feitos para tirar a umidade do ar.
Ventilação – O ideal é que a residência ou apartamento tenham aberturas voltadas para a direção de onde vem o vento predominante de cada região.
Caso não tenha, é importante que janelas sejam abertas em diferentes cômodos, permitindo que o ar circule pelos ambientes. Como o ar da rua, muitas vezes, também é úmido, o melhor horário para deixar que o vento circule é entre as 10h00 e 15h00.
O que fazer com paredes mofadas?
O primeiro passo é sempre identificar a infiltração. A presença de bolhas, manchas e “suor” nas paredes são um forte indício. A localização do problema pode indicar sua origem: se está na parte superior da parede, é provável que a umidade venha do telhado ou da calha. Manchas próximas ao piso podem indicar que não houve impermeabilização da fundação durante a obra. Quando também há bolhas junto com as manchas, pode ser que esteja havendo infiltração da rua ou de algum cano quebrado.
Para recuperar uma parede infiltrada, é necessário que a tinta seja raspada e que tenha início a um tratamento contra a umidade para que este problema não volte a aparecer. Isso inclui a impermeabilização externa e interna.
Os rejuntes são materiais porosos, logo, também são fontes de infiltração, mais comuns em edifícios. A água entra em qualquer fissura e é difícil detê-la, por isso é necessário que sejam feitas vedações.
O ideal é que seja feita a manutenção da casa toda sazonalmente, e tomar as devidas providências assim que o problema for identificado. Quando percebido de início, sua correção é mais eficaz, podendo prevenir maiores problemas futuros.