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Com a chegada do verão, tem início a época chuvosa, um problema que pode trazer um grande transtorno para proprietários de casas e apartamentos, a infiltração. A umidade nas paredes e forros causam bolhas nas pinturas, manchas, mofos, goteiras, apodrecimento de madeiras, e também podem acarretar até problemas mais sérios, dependendo de sua gravidade.

A infiltração acontece porque a água das chuvas penetra pelas estruturas através de fissuras ou poros de materiais não impermeabilizados ou pela falta de utilização de recursos necessários para a proteção das paredes, o que acaba apontando falhas no processo de construção. Pode acontecer também nos rodapés e áreas externas, que têm contato direto com o solo, desse modo, as paredes podem absorver a água através dos alicerces não impermeabilizados.

Tipos de Infiltração

A infiltração pode ocorrer por conta da umidade que provém da terra encostada em paredes não impermeabilizadas, podendo penetrar no interior dos edifícios.

E devido ao rompimento e vazamento da tubulação, sendo um pouco mais complexo. Por exemplo, se no momento em que a construção está sendo feita começa a chover, o tijolo acaba absorvendo a água, fazendo com que ela fique em seu interior e, mais tarde e de maneira natural, podem ocasionar frestas na tubulação por onde a umidade sai, gerando bolhas e a própria infiltração.

Há também a infiltração por condensação, que acontece pela diferença de temperatura, ou seja, quando a temperatura interna é maior que a externa.

Portanto, é importante sabermos identificar corretamente a origem do problema para podermos pedir o auxílio de um especialista.

Como evitar

controversiaTomar as devidas precauções durante a construção podem evitar o futuro aparecimento da umidade e o comprometimento das estruturas. Processos de impermeabilização e a utilização de canais de escoamento já previstos no projeto da obra correspondem entre 1% a 3% do custo total da obra, podendo ficar até quatro vezes mais caro em casos de futuras reformas.

O ideal é que estejam previstas as instalações de calhas e rufos nos telhados e estruturas desde o início do projeto.

As calhas são canais cuja finalidade é recolher toda a água proveniente das chuvas que correm pelo telhado, permitindo que ela escoe. Diferentemente das calhas, os rufos são peças moldadas e fixadas em locais específicos do telhado evitando que a água infiltre na alvenaria.

Quando esses meios de prevenção não são planejados desde o início das obras, podem haver medidas corretivas posteriores, como a utilização de produtos impermeabilizantes tanto nos revestimentos como nas paredes, o que pode acabar gerando um trabalho maior do que as instalações das calhas e rufos, por exemplo.

De acordo com a coordenadora de pós-graduação em Arquitetura de Interiores Maria Isabel Marocco Milanez, da faculdade de Arquitetura do Uniritter, a ensolação, ventilação e climatização artificial são os três fatores principais que podem ajudar a evitar problemas de umidade. “A ensolação natural é a ideal para manter o equilíbrio de temperatura entre os ambientes interno e externo, mas cômodos que recebam muito sol também são propensos a problemas”, diz.

Climatização – Quando está muito quente no interior da casa em dias de inverno, a umidade do ar condensa nas paredes frias, dando a impressão de que elas estão “suadas”. Uma das medidas evitar esse tipo de problema, é resfriar o ambiente interno. Outra sugestão é manter o ar do ambiente o mais seco possível. Para isso podem ser utilizados aparelhos como os desumidificadores, próprios feitos para tirar a umidade do ar.

Ventilação – O ideal é que a residência ou apartamento tenham aberturas voltadas para a direção de onde vem o vento predominante de cada região.

Caso não tenha, é importante que janelas sejam abertas em diferentes cômodos, permitindo que o ar circule pelos ambientes. Como o ar da rua, muitas vezes, também é úmido, o melhor horário para deixar que o vento circule é entre as 10h00 e 15h00.

O que fazer com paredes mofadas?

fragmentoO primeiro passo é sempre identificar a infiltração. A presença de bolhas, manchas e “suor” nas paredes são um forte indício. A localização do problema pode indicar sua origem: se está na parte superior da parede, é provável que a umidade venha do telhado ou da calha. Manchas próximas ao piso podem indicar que não houve impermeabilização da fundação durante a obra. Quando também há bolhas junto com as manchas, pode ser que esteja havendo infiltração da rua ou de algum cano quebrado.

Para recuperar uma parede infiltrada, é necessário que a tinta seja raspada e que tenha início a um tratamento contra a umidade para que este problema não volte a aparecer. Isso inclui a impermeabilização externa e interna.

Os rejuntes são materiais porosos, logo, também são fontes de infiltração, mais comuns em edifícios. A água entra em qualquer fissura e é difícil detê-la, por isso é necessário que sejam feitas vedações.

O ideal é que seja feita a manutenção da casa toda sazonalmente, e tomar as devidas providências assim que o problema for identificado. Quando percebido de início, sua correção é mais eficaz, podendo prevenir maiores problemas futuros.

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